SEI-BA promove atualização do mapeamento cartográfico da Bahia e 1ª etapa começa na Chapada Diamantina
Iniciado em 2008, os projetos de elaboração e atualização das Bases Cartográficas de Referência do Estado da Bahia são produzidos por meio da atuação de geógrafos, analistas e pesquisadores da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA). A criação da nova base cartográfica, em escalas 1:25.000 e 1:50.000 – mais detalhadas e complexas em relação à escala 1:100.000, já existente -, começou em 2023, e os trabalhos começam na região escolhida para ser o Lote 01 de análises, localizado em parte da Chapada Diamantina, incluindo cerca de 24 municípios.
O coordenador de Cartografia e Geoprocessamento da SEI, Fábio Sampaio, explica que o material é de uso transversal na gestão pública e deve se disponibilizado publicamente após a finalização. “A principal destinação da cartografia é dotar o Estado de informações sobre o seu território. Só é possível você fazer uma gestão eficiente do território uma vez que você tenha o conhecimento total, então é essencial para a gestão de todas as políticas públicas”, afirma. E completa: “Pode ser utilizado para diversas finalidades, como segurança pública, hidrografia e manejo de águas, questões climáticas”.
Os estudos podem ser manejados ainda para a produção de estudos econômicos sobre a região, Defesa Civil, cultura, educação e meio ambiente. Com um total de 69 profissionais envolvidos, sendo 60 deles, a equipe técnica e outros nove de análise, o investimento no projeto foi de R$ 12,337 milhões. O processo de mapeamento, que envolve o uso de uma aeronave tripulada, câmeras de alta definição, lasers e GPS, permite que os profissionais coletem informações detalhadas de altimetria e relevo das regiões estudadas.
“O processo basicamente são essas fotos, que são feitas na aeronave. Ela [a aeronave] tem essa câmera embarcada, tem o laser e ele [o laser] pega as informações de altitude do terreno, então a gente tem esse dado de uma forma mais automática e precisa. Então, a gente tem essas fotos que tem uma qualidade muito alta”, detalha a geógrafa da SEI, Eliza Maia, que acompanhou o trabalho de campo, realizado pela equipe terceirizada.
Com 32 mil quilômetros quadrados, a região analisada da Chapada Diamantina ainda não teve sua análise finalizada. Fábio Sampaio alega que a justificativa da prorrogação são as constantes influências climáticas da região, como nebulosidade ou chuvas, que comprometem o trabalho.
“Essa área, especificamente, é maior, por exemplo, do que o Estado de Sergipe, só para ter dimensão do tamanho. Então, a gente iniciou em junho do ano passado esse contrato [com a equipe técnica] da Chapada Diamantina, mas a última tomada de fotos lá foi pelo mês de novembro [de 2023]”. Ele reforça ainda que as visitas in loco, por sua vez, começaram em maio deste ano.
Além do Lote 1, na Chapada, o projeto da SEI conta com outras seis etapas, sendo o Lote 2, a região que abrange Feira de Santana e o sisal baiano, com uma área de 31 mil quilômetros quadrados. A publicação oficial da contratação da empresa de aerolevantamentos para prestar serviços no Lote 02 foi feita nesta terça-feira (4), no Diário Oficial do Estado. O contrato no valor de R$ 11,837 milhões tem vigência de 12 meses. O coordenador afirma que a finalização destas etapas serão o principal projeto financiado pela Coordenação de Cartografia e Geoprocessamento da (SEI) nos próximos dois anos. “É um investimento do Estado e recursos próprios que vão ser colocadas durante esse ano de 2023 e 2025”, evidencia Fábio.
Com previsão de finalização até 2025, o material colhido e analisado pela SEI na Chapada, e lotes seguintes, deve ser posteriormente disponibilizado ao público no portal SEIGeo.
Fonte: Bahia Notícias