Itaberaba: Abuso de paredões de som causa transtornos à população
A cidade de Itaberaba, localizada no Piemonte do Paraguaçu, está em evidência, com moradores expressando preocupações crescentes sobre os abusos relacionados aos paredões de som. Esses eventos, que costumam reunir grandes grupos e animar as festas locais, têm gerado reclamações sobre o volume excessivo de música e a falta de respeito aos horários estabelecidos.
A população denuncia que, em muitas ocasiões, os proprietários de paredões ignoram os limites de decibéis, perturbando a tranquilidade dos cidadãos itaberabense, especialmente em áreas residenciais. Além disso, há relatos de desordem e comportamentos inadequados que acompanham esses eventos, gerando insegurança e desconforto para os moradores.
Segundo informações que circulam nos bastidores, autoridades estudam a possibilidade de restringir ou até mesmo proibir esses eventos. A justificativa estaria ligada tanto ao conteúdo das músicas — em alguns casos classificadas como “pornográficas” — quanto a preocupações relacionadas à segurança pública e à fiscalização. Apesar das críticas, os paredões ocupam um espaço importante na cultura popular baiana, movimentando não apenas o lazer, mas também a economia. Vendedores ambulantes, comerciantes locais e profissionais ligados ao entretenimento veem nesses encontros uma oportunidade de geração de renda.
O tema, no entanto, divide opiniões. Há quem defenda medidas mais rígidas como forma de garantir a ordem e reduzir excessos, enquanto outros enxergam a iniciativa como uma tentativa de silenciar manifestações culturais das periferias e um estilo musical que vem ganhando cada vez mais espaço nas ruas. O debate segue aberto: qual deve ser o caminho — a proibição ou a busca por alternativas que conciliem cultura, segurança e respeito às normas?
Por fim, diante da situação, é fundamental que os órgãos públicos competentes, como a Prefeitura e a Polícia Militar, atuem de forma eficaz. A fiscalização precisa ser intensificada, com medidas que garantam o cumprimento das normas de segurança e respeito ao sossego da população.
Tribuna da Chapada
