Lençóis: Jovem é violentada e morta por Serial Killer em trilha; Entenda o caso “Corumbá”
Segundo as investigações uma das vítimas o assassino teria comido partes do cérebro e bebido o sangue da turista em um ritual de magia negra.

A jovem, Simone Pinho de 26 anos, natural de Salvador, foi passar as festas juninas na cidade de Lençóis, a cerca de 415 quilômetros da capital na Chapada Diamantina, porém, não retornou no dia 28 do mesmo mês, como previsto. Segundo a sua mãe em uma entrevista para o jornal Correio da Bahia, Josenilda conta que “os dias se passaram e nada dela retornar. Foi quando o desespero bateu e comecei a procurar por minha filha.”
Josenilda disse que não obteve nenhuma ajuda das autoridades, por isso resolveu procurar nos meios de comunicação. Ela fez uma entrevista para o Bahia Meio Dia, quando o quadro Desaparecidos ainda não existia. “Larguei o trabalho, larguei tudo e comecei a procurar minha filha nos programas de televisão. Era a minha última esperança de um dia encontrar a Simone”.
Em Junho, deste ano (2024), fez vinte quatro anos, do desparecimento da Jovem Simone Pinho na cidade de Lençóis, quando fazia uma trilha. O caso ocorreu em junho de 2000 e a época foi a principal notícia na região, no entanto, não repercutiu tanto por que não havia a força da internet e das redes sociais como hoje, mas causou um grande alvoroço na região, embora não fosse a primeira vez que alguém desaparecesse na região chapadeira por vários motivos, relatou um dos nativos da cidade de Lençóis. A sua mãe de 62 anos, professora aposentada, mobilizou os meios de comunicação a nível de Estado e autoridades politicas que ela tinha contato, mas infelizmente Simone Pinho e nem o seu corpo foi encontrado.
Em conversa, com o nosso site, Tribuna da Chapada, o Sargento do corpo de Bombeiros Jorge Rios que participou das buscas, hoje aposentado, relatou que na época foi mobilizado varias equipes da corporação, da polícia civil e de nativos da região para tentar localizar Simone Pinho e nada. As buscas foram intensas e por vários dias e noite no meio da mata, até que o caso foi dado como encerrado, sem saber de fato o que havia acontecido com a jovem que desapareceu em uma das principais trilhas da cidade turística no ano de 2000 na Chapada Diamantina.
Em 2005, assistindo o programa Fantástico, da Rede Globo, Josenilda a mãe de Simone viu uma reportagem sobre o serial killer José Vicente Matias, conhecido como Corumbá, que já tinha violentado e assassinado seis mulheres no país. Entre as vítimas, uma no estado da Bahia.
Segundo, Josenilda em entrevista, assim que ela retornou à delegacia, o delegado Walter Seixas a informou que a cidade onde o Corumbá matara uma menina era Lençóis. “Na hora, me bateu o desespero, mas ainda tinha esperanças de que poderia ser outra menina e não a minha filha. Pegamos uma foto da Simone e mandamos para São Luís do Maranhão, onde ele estava preso”. Relata a mãe de Simone em entrevista.
Ainda segundo a mãe de Simone Pinho: “O delegado me chamou na sala dele e me disse que Corumbá reconheceu Simone, disse que foi ela a jovem que ele matou na Bahia”, relembrou. Depois da confirmação de Corumbá a dificuldade era encontrar o corpo de Simone, as autoridades começaram então a perguntar ao assassino, onde ele a enterrou o corpo da jovem.
Corumbá chegou a mandar mapas, para a polícia local de Lençóis tentar localizar o corpo de Simone Pinho, mas de nada adiantou. Depois de várias tentativas sem sucesso, a polícia chegou à conclusão de que não poderia encontrar o corpo da jovem sem a ajuda do assassino que foi trazido a Lençóis para ajudar na procura. Quando Corumbá chegou a Lençóis, Josenildada conta que o acompanhou, junto com agentes policiais, até a cova da filha. “Ele não errou um passou. Chegou ao local e disse que era lá que Simone estava enterrada”. e de fato era verdade para tristeza da sua mãe.
Depois de pegar os ossos da filha, Josenilda relatou que colocaram o aparelho dentário que Simone usava e confirmaram que era mesmo o corpo da jovem. Os investigadores disseram que só faria o exame de DNA se os familiares quisesse, por que era mesmo o corpo de Simone Pinho, desaparecida a mais de cinco anos, em 2006 a jovem foi enterrada por sua mãe e familiares.
Informações do G1 sobre o Serial Killer: Corumbá

O assassino em série foi julgado em 2018 em Alcântara, José Vicente Mathias, o ‘Corumbá’, que confessou ter assassinado pelo menos cinco mulheres entre os anos de 1999 e 2005, sendo duas no Maranhão. Ele agia sempre em cidades turísticas e se passava por artesão. Os crimes violentos que praticava ganharam repercussão internacional por causa das vítimas estrangeiras que escolhia. Uma das vítimas de Corumbá foi a turista espanhola Núria Fernandez Collada que foi morta a pauladas em 2005 em uma praia em Alcântara, no norte do Maranhão. O assassino teria comido partes do cérebro e bebido o sangue da turista em um ritual de magia negra.
Corumbá foi condenado a mais de 20 anos de prisão por todas as mortes que ele cometeu, incluindo a morte da baiana Simone Pinho em Lençóis na Chapada Diamantina.
Tribuna da Chapada com informações do G1 e do Correio da Bahia